quinta-feira, 12 de setembro de 2019

12 de setembro de 2019 - Grupo Bezerra de Menezes


O encontro do mar com a rocha, em explosão espetacular, relembra o encontro de forças que necessitam se desafiar.
    Remodela na face dura do intemperismo milenar, a metáfora da evolução obscura do ser a se transformar.
    As formas cristalizadas no agir e no pensar, constituídas na construção ancestral, para que na vida pudéssemos nos defender e lutar, são açoitadas pelos eventos que, para nossa evolução, vem nos cobrar.
    E pouco a pouco a dureza se desfaz em pequenos pedaços a se fragmentar, lentamente revelando a beleza que ali está.
    A rocha não tem como ajudar no processo, mas nós, enquanto metáfora, a nós mesmos podemos nos ajudar.
    Apliquemos o cinzel do conhecimento às placas que devemos resgatar.
    Como asseverou Michelangelo, a respeito de sua obra espetacular: “A estátua já estava pronta. Bastou o excesso de mármore retirar”.
    Assim é também em nós. Retirando o excesso, nosso ser essencial vai rebrilhar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário