O encontro do mar com a rocha, em explosão espetacular, relembra o
encontro de forças que necessitam se desafiar.
Remodela na face dura do
intemperismo milenar, a metáfora da evolução obscura do ser a se transformar.
As formas cristalizadas no agir
e no pensar, constituídas na construção ancestral, para que na vida pudéssemos
nos defender e lutar, são açoitadas pelos eventos que, para nossa evolução, vem
nos cobrar.
E pouco a pouco a dureza se
desfaz em pequenos pedaços a se fragmentar, lentamente revelando a beleza que
ali está.
A rocha não tem como ajudar no
processo, mas nós, enquanto metáfora, a nós mesmos podemos nos ajudar.
Apliquemos o cinzel do
conhecimento às placas que devemos resgatar.
Como asseverou Michelangelo, a
respeito de sua obra espetacular: “A estátua já estava pronta. Bastou o excesso
de mármore retirar”.
Assim é também em nós. Retirando
o excesso, nosso ser essencial vai rebrilhar.
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