quinta-feira, 28 de maio de 2020

28 de maio de 2020 - Grupo Bezerra de Menezes


Em tempos de crises, gastamos enorme energia querendo mudar o que não está ao nosso alcance.
Queremos mudar a situação que nos desagrada. Queremos mudar a atitude dos outros. Queremos mudar o rumo dos acontecimentos.
Mas nada disso depende de nós. Os fatos da vida normalmente nos chegam como desafios a serem vividos e não situações a serem esquecidas ou ignoradas.
O comportamento dos irmãos que contigo partilham a jornada, ainda que te afete, te faça sofrer, é uma opção deles, faz parte do exercício do livre arbítrio de cada um.
Lembre-se que cada um só dá o que tem e não se pode esperar da criança espiritual uma atitude madura, ainda que o ser, nesta existência, possua a aparência adulta.
Então, o que nos resta fazer em situações de crise?
A única atitude que nos cabe é olhar para dentro de nós, consultar nossa consciência para buscar compreender o que a vida quer nos ensinar com a situação que nos abala.
Lembre-se que não existem vítimas, que Deus é bom e que não cai sequer uma folha da árvore sem que Ele consinta.
Não quero com isso dizer que Deus apoie o mal que acontece. Não, ele apenas permite que ajamos conforme nossas consciências, transformando, entretanto, aquilo que consideramos o mal em lições que, se aproveitadas, nos tornam mais fortes e preparados para os desafios que se descortinarão no futuro.
Cabe a nós passar pelas tribulações com fé, com humildade e resiliência. Cabe a cada um de nós a consciência das imperfeições que ainda temos que trabalhar. Todos nós somos rápidos em apontar as falhas alheias, na mesma proporção que buscamos justificar as nossas.
É imprescindível o trabalho do autoconhecimento para que possamos desnudar nossa alma diante de nós mesmos, sem as inúmeras máscaras que adotamos ao longo da vida, buscando uma falsa segurança.
Meus irmãos, a verdadeira felicidade, não é ter é ser. Ser leal aos seus sentimentos, acolhendo os que ainda te envergonham, te constrangem, para, não os abraçar como fatalidade, mas trabalha-los intensamente para que você, de verdade, se transforme no ser que você hoje idealiza.
Para isso, é preciso parar de olhar para o outro e começar a olhar para si mesmo, indagando à tua consciência: o que posso mudar? Que valores desequilibrantes ainda guardo n’alma? Como posso tratar melhor as pessoas com quem convivo? Como fazer para me desapegar das mágoas e rancores que ainda carrego comigo?
É assim, meus irmãos, num intenso e disciplinado trabalho de evolução interna que nos será possível enfrentar qualquer situação que a vida nos apresentar, com mais confiança e força.
Não há outra forma.
Então, mãos à obra, meus irmãos, que daqui lhe forneceremos inspiração e energia para essa tarefa que se faz urgente, para cada um de vós.

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