Aprender a amar, eis a receita da felicidade!
O amor que sabe compreender, que não quer aprisionar, que a
tudo perdoa, que quer o bem da pessoa amada, mesmo que ela reescreva o seu
caminho sem a nossa participação, o amor que inspira e nos torna melhores.
O amor para nós que ainda caminhamos na trilha da evolução
tem sinônimo de posse e apego.
O que quer que amemos, sejam pessoas, bens ou ideias, passa a
fazer parte do nosso patrimônio emocional e deles não conseguimos abrir mão.
Quanto nos custa o deixar ir, quanto sofremos quando o objeto
do nosso amor não está mais sob o nosso olhar, sob o nosso controle, sob o
nosso domínio!
Quando será que entenderemos que amar é libertar, é não exigir
compensação ou retorno?
Se você ama alguém que não está mais com você, seja pela
morte do corpo físico ou pela mudança no caminho, deixe-o ir trilhar a nova jornada.
O que não possui mais o corpo físico nem tem a oportunidade
de atender ao seu pedido de voltar a vê-lo e sofre junto com você, diante da
sua incompreensão e da sua falta de aceitação. Sente-se impotente para auxiliar
e para trilhar o novo caminho que se descortinou quando se despojou das vestes
físicas. Quer viver a sua nova vida, mas se sente culpado pelo seu sofrimento. E
a dor se multiplica em ambas as dimensões.
Aquele que decidiu buscar um novo caminho também tem direito
ao seu livre arbítrio, a buscar o que entende seja a sua felicidade.
Em ambas as situações, ame-os profundamente para deixá-los
ir. O primeiro, porque a outra opção é de sofrimento e o segundo, porque a vida
encaminha cada qual para o lugar onde, de fato, deveria estar.
Tenha paciência e resignação. Há situações que não podem ser
mudadas e a sua falta de aceitação só traz dor àquele a quem você diz amar.
Então, por ele, aprenda o amor pleno, o amor que dá, que se
alegra em doar, que deixa livre o ser amado.
Sempre que a saudade alcançar o seu coração, enderece ao ser
amado todo o seu amor e deseje-lhe toda a felicidade do mundo na sua nova
jornada.
Tente cultivar o amor que pensa no outro e não em si mesmo. Você
vai compreender que a felicidade não é tê-lo perto de si, mas compartilhar a
emoção dos momentos de felicidade que tiveram a oportunidade de viver juntos.
O desapego também é prova de amor.
Se houver oportunidade de auxiliar, desapegue-se do seu tempo
e dos bens que você puder, transformando-se em veículo de caridade. Ah, irmãos,
há tantos por ajudar, tanto sofrimento, tantas carências físicas e emocionais,
que só um grande exército de boa vontade e amor poderá aplacar.
Aprenda também a partilhar as suas ideias com humildade e
tolerância. Nem sempre você vai estar certo, nem sempre você vai estar errado,
mas saber ouvir, tolerar e respeitar a opinião alheia também é saber amar.
Se você puder aprender essa nova forma de amar, compreenderá
como a vida pode ser simples, como você pode viver com plenitude com o que tem
e que, mesmo que algo falte a você, ainda assim você pode se feliz e grato.
A vida é para ser vivida com alegria, não importando se os
seus desejos foram ou não atendidos.
O espírito maleável vê na prova apenas oportunidades de novos
caminhos e novos aprendizados. Economiza a dor da irresignação e parte para a ação,
fazendo o que lhe cabe para que sua vida permaneça em sintonia com a alegria e
com a felicidade.
Busque dentro de você a coragem de praticar o amor pleno e de
viver a via com alegria e resignação.
Que Deus o abençoe.
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