sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

5 de dezembro de 2024 - Grupo Bezerra de Menezes

Próximos do natal as almas se tornam mais sensíveis e a caridade é ato que passa a ser lembrado por todos quantos querem mais se aproximar do Criador.

Hoje se a caridade material se faz tão necessária, é da caridade moral que as almas mais estão carecidas.

Mesmo se saciadas a fome e o frio, o ser ainda permanece entorpecido na dor do esquecimento e da ausência de si mesmo.

Então, nesse final do ano distribua roupas, há tantos necessitados de tudo; doe, também, alimentos. À pessoa faminta não se pode exigir nada além do desespero da fome.

Mas, para além disso, doe de si mesmo ao outro. Há tantos que necessitam de atenção e carinho, que precisam simplesmente ser vistos e considerados.

Será que lhe custará demais endereçar um sorriso àqueles com quem você cruza o caminho?

Será que será oneroso, se você utilizar seu tempo para ouvir a pessoa que lhe pede atenção?

Será que passar ao largo da dor, aparentando insensibilidade para com as dores que vicejam ao seu redor, o tornará imune às provas da vida?

Hoje é o outro que passa por dissabores, amanhã pode ser você.

E se um dia a prova da escassez o visitar, como você gostaria de ser tratado?

Ser-lhe-ia agradável parecer insensível aos olhos de todos e um estorvo para a comunidade?

Estenda as mãos àqueles que passam por necessidades materiais, por intermédio das inúmeras instituições sérias de caridade e acolhimento que existem, mas, ao mesmo tempo, conceda aos outros o melhor de si.

Busca compreender se dentro da sua própria casa, há alguém que carece da sua atenção, da sua compreensão, do seu carinho e do seu perdão. Pais, filhos, irmãos, parentes de toda ordem para quem há muito a palavra fraterna não é dirigida, o olhar amoroso não é endereçado e a compreensão cristã não é aplicada nas rusgas do dia-a-dia.

Esperar que o outro mude, que a situação se modifique, que seus desejos sejam priorizados, que suas opiniões sejam consideradas para então ser agradável e gentil não é uma conduta cristã.

Não foi por menos que Jesus nos convidou a amar os nossos inimigos, exortando-nos a compreender as pessoas que se digladiam conosco, que nos tiram do sério e testam a nossa paciência.

Compreender que o outro também tem direito de pensar e agir diferente; compreender que cada um vê a vida com as lentes dos seus padrões mentais e dos seus valores e que, por isso, a realidade não é só a que você percebe; compreender que somos todos imperfeitos e a percepção do erro alheio só deve nos servir para amadurecer e modificar a nós mesmos e não o outro; compreender que a nossa missão é, antes de tudo, conosco, com a nossa evolução e que, mais do que palavras, as pessoas são arrastadas é pelo exemplo.

Espalhe, pois, meu amigo, a sua luz, a sua alegria, os seus melhores sentimentos e emoções onde quer que você passe, a quem quer que lhe solicite atenção.

E se no caminho alguém lhe ferir os sentimentos, fortaleça seu propósito em servir e fazer o bem e segue perdoando e arrastando a todos pelo exemplo de caridade e compreensão.

Se você sair da ilusão terrena, verá que isso não é fraqueza. É preciso ser forte para perdoar e seguir adiante.

Fortaleça-se na fé e na oração. O Cristo espera mais de você.

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