Como gêmeos de luz refletida
Espelhos dispostos face a face
Os seres no périplo da vida
Se olham como a si se olhassem
Percebem com precisão detalhada
Os pequenos defeitos além
E recusam-se a reconhecer
Que são os mesmos que eles têm.
E na marcha da evolução
Na ânsia de tudo consertar
Se cansam com galhardia
Do espelho do outro lado limpar
Supreendentemente, reparam
Que o que limpam torna a sujar
Pois que percebem, mesmo que limpos,
Que ainda há sujeira no olhar
Então, como a parábola do argueiro e da trave,
O outro está para assinalar
Em ajuda da dinâmica divina,
Qual espelho devemos limpar.
Detectando pelo reflexo abençoado
Do que do outro estamos a acusar
Sabemos de forma precisa
Onde precisamos melhorar.
Segui, pois, aqueles despertados
Para o auto melhoramento salutar
Sabedores, pelo que vêm no outro,
Os pontos a que trabalhar.
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