O que me torna o que sou?
Os séculos que já se passaram e minha personalidade moldou?
A instância familiar que me acolheu e que me abrigou?
A cultura da sociedade que, com tanta força, me enquadrou?
A busca da intelectualidade que me diz do que a ciência
provou?
É tudo isto e um pouco mais,
porque em nós, de nós se revelou
o mundo interno constituído pelo desejo que não se realizou.
Daí que o que nos tornarmos requer desconstruirmos o que
resultou,
esculpindo das nossas sombras o caminho para o eu superior.
Olhando para o que não é essencial e devolvendo-o para o que
nos levou.
Movendo-se em direção do que é necessário,
e fundando um novo receituário.
O que sou e o que quero ser é caminho que não termina,
e se constrói com trabalho diário.