A busca da felicidade,
objetivo da humanidade,
vendida como a posse de coisas,
encerra uma outra verdade.
Aquilo que nos alegra,
que nos gratifica com intensidade,
está na descoberta simples
daquilo que não é mais necessidade.
Buscas intermináveis por objetivos que não são nossos;
entrega a posturas cristalizadas,
importadas de forma contaminada da realidade;
investimento na idealização de nós mesmos,
que nos cobra o preço da ansiedade,
quando o que basta é a coragem de olhar para nós mesmos
e nos vermos com honestidade.
Despindo-nos e desapegando-nos das liturgias exógenas
e fruindo da alegria da simplicidade.
Dimensionando os nossos anseios
àquilo que nos traz serenidade.
Felicidade não rima com o que se espera de nós,
felicidade rima com o que somos de verdade.
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