A pena que traça essas singelas palavras é a mesma que outrora foi usada para agredir e difamar. Sim, meus irmãos, quem de nós não é isento de culpa e não merece a clemência divina? Quem de nós nunca errou?
Hoje adoto como missão trazer
luz ao invés de sombras. Ainda que de forma tardia, busco reparar o mal outrora
praticado e aplacar um pouco as faltas por mim cometidas.
Meus erros não foram
realizados por falta de alertas ou ensinamentos provenientes dos rincões
espirituais. Não, alertas e sinais não me faltaram nunca, assim como não deixam
de existir a nenhum dos filhos amados do Pai, como o são cada um de nós.
Ignorando tais alertas, quis
eu proceder do meu jeito, certo de que, do alto de minha arrogância, sabia o
que era melhor para mim e a forma mais adequada para atingir meus objetivos.
Quantas faltas cometi em nome
do orgulho e da vaidade!
Pobre de mim que hoje tenho
tanto a reparar!
Mas para você que ainda está
encarnado ainda há tempo.
Preste atenção, meu irmão, nos
sinais da vida e nas intuições que lhe chegam em todos os momentos.
Nunca deixa de considerar nos
seus atos as preciosas lições evangélicas que nos legou o Cristo.
Apenas uma delas já afastaria
um sem-número de faltas: amar o próximo como a nós mesmos, fazendo ao outro
somente o que gostaríamos de receber da vida.
Que lição singela, mas que
guarda profundas consequências benéficas ao ser.
Ser calmo e paciente,
tolerante e benevolente, gentil e amoroso, será que realmente exige tanto de
nós?
Será que abrir mão um pouco do
nosso querer para doar o melhor de nós ao outro nos trará tão grandes
sacrifícios?
Será que compreender que o
diferente nem sempre é errado e que há tantas maneiras de realizar a mesma
coisa, que não nos é dado julgar a ninguém a partir de nossas crenças e ideias
preconcebidas, é tão difícil?
Será que perdoar as ofensas alheias,
compreendo que todos estamos em níveis de evolução diversos, é realmente tão
complicado?
Será que acreditarmos que somos
melhores e, por isso, podemos julgar o outro é correto?
Possamos, cada um de nós,
olhar para dentro de nós mesmos, percebendo nossas imperfeições, para que possamos
despertar a piedade e o amor que ainda carecemos tanto para nós mesmos quanto
para os nossos irmãos, que conosco trilham esse caminho evolutivo.
Se percebermos que ainda somos
imperfeitos e que cometemos erros, mais graves ou semelhantes aos outros, desenvolveremos
a humildade de calar na hora oportuna, de perdoar infinitas vezes e de
recebermos o perdão alheio, num ciclo ininterrupto de amor e benevolência, que
transformará a caminhada de todos de um jeito mais leve e mais feliz.
Façamos, pois, a nossa parte,
trazendo luz em nossos relacionamentos, harmonia em nosso lar e alegria onde
quer que estejamos.
Que assim seja.
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