domingo, 13 de outubro de 2024

10 de outubro de 2024 - Grupo Bezerra de Menezes

 Por que guardamos tantas mágoas? Acaso imaginamos nos encontrar num planeta de seres elevados, isentos de erros e cujas condutas são pautadas por atitudes nobres e justas?

Se nós mesmos não conseguimos manter permanentemente uma conduta reta em nossa jornada, por que exigimos do outro o que nós mesmos não podemos conceder à vida?

Adotando uma postura egóica, passamos a exigir do outro uma perfeição que não existe neste planeta e nos desiludimos quando temos esse desejo contrariado. Mas lembrem-se que só se desilude quem primeiro se iludiu.

Então, que tal mudar o foco do outro para dentro de si? Indagar-se o porquê de tanta mágoa, o motivo pelo qual você se magoa diante as circunstâncias e das atitudes daqueles que você compartilham esta jornada terrena.

Carregar mágoas é o mesmo que coletar na estrada pesadas pedras que dificultam o caminho e tornam mais pesada a jornada.

Ainda que dificultando a nossa vida, carregamos nossas mágoas e temos dificuldades de nos desapegarmos delas.

Não podemos deixar de considerar que ao dirigirmos pensamentos desagradáveis em relação àqueles que nos magoaram, somos nós que primeiro nos imantamos desses pensamentos negativos. Somos nós que nos intoxicamos com as emoções descontroladas, que advém da mágoa que nos atinge.

Mas será que a responsabilidade é mesmo do outro? Será que de alguma forma não contribuímos para a situação que nos causou a mágoa? Talvez tenhamos supervalorizado a situação ou o outro, sem mesmo o saber, tenha tocado numa dor oculta de nossa alma.

Ao nos colocarmos no papel de vítima, perdemos a oportunidade de analisar os nossos atos, crescer com essa percepção e legitimamos uma mágoa que nasceu em nós, a partir de nossas próprias escolhas. Sim, porque se magoar e permanecer magoado é unicamente escolha nossa.

Há os que nunca se magoam, porque estão focados em si mesmo, sabem do que são capazes ou não, têm plena convicção de sua personalidade e não se deixam abalar pelos fatores externos. Têm dentro de si mesmo a responsabilidade pela sua felicidade e também pela sua infelicidade.

Esses conquistaram uma jornada mais leve, ainda que não isenta de provas, desafios e mesmo de dissabores, porque aprenderem a distinguir o que é seu e o que é do outro.

Tenham, pois, compaixão, meus filhos, pelos defeitos dos outros. Aprendam a compreender as falhas alheias, estendendo suas mãos a essas almas ainda recalcitrantes nos caminhos desviados da incompreensão. Mas sejam duros consigo mesmos, para que a consciência possa encaminhá-los sempre na direção da evolução e do autoaprimoramento e vocês não se percam no caminho.

Abram mão da mágoa que corrói o espírito e desarmoniza as relações e cultivem o perdão e a misericórdia que unem os corações.

Superar a si mesmo, eis a missão de cada um de nós. Se no percurso pudermos somar com atitudes positivas e agregadoras, contribuiremos não só para a nossa própria evolução, mas também do próprio planeta. É isso que Jesus espera de nós quando nos convida a amar ao próximo como a nós mesmos.

Felicidade, meus filhos, é escolha, é disciplina, é esforço contínuo, é conquista.

Trabalhe, pois, em prol de si mesmo, amando a humanidade, desapegando-se das mágoas egoístas e abraçando a compreensão e o perdão que trazem luzes.

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