Meus amigos, venho lembrá-los de que a enfermidade se inicia sempre na mente. A invigilância dos pensamentos e o desequilíbrio das emoções são portas abertas para as mazelas que sacrificam o corpo físico.
Não há como ter saúde plena quando se
guarda na alma o peso das mágoas. Por isso, é preciso aprender a perdoar de
todo o seu coração.
O perdão liberta a alma, que de outro
modo fica agrilhoada às forças deletérias do rancor.
Perdoar o outro é fazer-se legitimado
a também ser perdoado. Não é de outro modo que Jesus nos ensinou a rogar ao
Pai: “Senhor, perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos
tem ofendido”.
Se nenhum de nós é perfeito e, por
isso, carecemos de perdão em vários momentos de nossa existência, não deveríamos
julgar com tanto rigor aqueles que caminham conosco nesta jornada.
Deveríamos nos lembrar de que as experiências
que nos chegam, mesmo quando nos pareçam injustas, são necessárias ao nosso
aprimoramento moral e sempre tem uma razão de ser. Então, recolha da situação o
ensinamento, deixando à vida a incumbência de reconduzir o outro ao caminho
reto e justo.
Busque não levar tudo para o lado
pessoal, lembrando que o outro também tem momentos de angústia, medo e desilusões
e que suas atitudes, às mais das vezes, são pedidos de socorro adoecidos e não,
necessariamente, tem por objetivo o magoar.
Perdoar o amigo é prova de amizade. Perdoar
as ofensas é prova de que você pode ser melhor.
Você pensa que assim ajuda o outro,
mas, em verdade, é você que é auxiliado.
Procure, pois, perdoar mais,
infinitas vezes e sem cessar.
Equilibre suas emoções. Isso também
auxiliará na sua saúde física e mental.
Se os seus pensamentos se encontram
acelerados, exacerbando as emoções que chegam a você, busque mecanismos que
acalmem sua mente.
Respirações compassadas e
conscientes, meditação, yoga, terapia, há tantos instrumentos à disposição de
todos. Busque o que mais lhe agradar, mas faça um movimento em prol de si
mesmo.
Kardec indagou à espiritualidade se
poderíamos vencer as nossas próprias imperfeições e a resposta recebida foi de
que isso seria possível com um mínimo de esforço, o que nos faltaria seria a
vontade.
Dediquemo-nos, pois, à nossa própria
salvação.
Somos nós e só nós que temos a chave
de nosso próprio controle físico e emocional.
Se a doença se inicia na mente é lá
também que ela pode se extinguir.
Você deve buscar o auxílio da
medicina terrena e seguir todas as suas prescrições. Mas, aliado a isso, você tem
que modificar seus hábitos, suas condutas, seus pensamentos e suas emoções, a
fim de potencializar os efeitos das medicações prescritas e facultar-lhes meios
de induzir seu corpo físico e mental à saúde plena.
Se você não mudar, não mudará.
Esforce-se e mude. Ainda há tempo.
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