Do centro da alma,
Do lugar da emoção,
Reside, muitas vezes, por não encontrar vazão,
Um mar de lava quente, em completa ebulição.
É um oceano primitivo
Que nos remete à formação do indivíduo…
Forjado na inconsciência da razão,
E movido pelo instinto e pela paixão.
Mas esse mar atordoado,
Que resiste ao tempo e à evolução,
É agora confrontado
Por uma existência consciente,
E reclama um tratamento urgente…
Porque mantê-lo
Na temperatura de ardência,
Compromete o sistema
E ameaça a sobrevivência.
Pois a função que o criou já se cumpriu…
Com eficiência.
Cabe a nós regular o que dele nos interessa a permanência,
Aquilo que nos compromete a saúde,
Deve ser descartado com urgência.
Por mais que possamos continuar na inocência,
De que somos o que somos,
E assim é nossa experiência,
Não é isso que nos cobra o ser na consciência.
Se buscamos a saúde, o equilíbrio e a paciência,
Iniciemos a drenagem do mar de ardência
Pelo entendimento dele em nós,
e sua expressão em nossas ações de convivência.
E reduzamos o calor da chama para seguir com coerência.
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