Como nos percebemos no mundo? Que avaliação fazemos de nós
mesmos? Que parâmetros utilizamos para nos situarmos no espaço que nos abriga?
Em
geral, nos avaliamos a partir de comparações com as conquistas de outrem.
Natural que assim seja visto vivermos em um mundo em que desejos e aspirações
são norteados por um grupo de requisitos considerados desejáveis e importantes
para a realização pessoal de cada um.
Contudo,
mesmo os tendo alcançados, muitas vezes a sensação de vazio ainda permanece. A
sensação de que algo ainda precisa ser conquistado resiste fortemente em nós.
Via de regra, reagimos a isso intensificando nosso intento em obter mais e mais
do que já possuímos. E a satisfação não chega...e não chegará, pois aquilo que
já alcançamos, já alcançamos. Não é MAIS do já temos que trará a calma que
anelamos.
É nesse ponto da busca que podemos despertar
para os questionamentos necessários sobre o que em nós precisa ser visto e
aprimorado; o que em nós reclama cuidado e atenção; o que em nós, mormente na
nossa maneira de pensar e agir, pode ganhar o olhar compreensivo e carinhoso de
nós mesmos para ser um pouco diferente. Algo que não nos deixa feliz quando
pensamos ou fazemos...
Essas,
talvez, sejam as conquistas a conquistar. Não serão vistas como as vitórias
esperadas de nós, mas serão as vitórias esperadas por nós. As vitórias que nos
trarão a verdadeira satisfação pessoal. Do reconhecimento do que fomos e da
aceitação de quem somos. E desse reconhecimento e aceitação, quanto MAIS
tivermos mais felizes seremos.
Olhemos,
portanto, agora, para as partes esquecidas de nós mesmos; tiremo-nas das
sombras. Acolhamo-nas na certeza de que, por mais estranho que pareça a nossa
felicidade virá de lá.
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