quinta-feira, 21 de junho de 2018

21 de junho de 2018 - Grupo Bezerra de Menezes


Daquilo que muito sabes
A respeito da tua dor
Repousa o que ainda desconheces
Dos dons de que és possuidor.
Que dormem em berço intocado
Por tu ainda não os teres acionado.
E aquilo que te desconforta
Não é mais que uma porta,
Que ao ser aberta libertará, de ti,
O que desconheces mais lá está.
Já que seduzidos por uma condição
Que, momentaneamente, nos inabilita a ação;
Deixamos de perceber aquilo
De  que somos para ser.

Bendita, contudo, essa dor
Se nos levar a despertar
Para tudo o que possuímos
De potencial a alcançar.
E sabendo que esse despertar
Assim não a precisava se dar,
Não nos deixemos mais adormecer
Para não ter que acordar a sofrer.

Se desperto, então, tu estás
Abre tua porta de dons e vai
Construir de ti um novo ser,
Pois muito tens a oferecer:
Numa vida de construção,
No amparo ao teu irmão,
No olhar-se em auto-descobrimento
A partir de agora e a cada momento.
E a função da dor cessará,
Pois o aviso que veio dar foi recebido
E te fez despertar.

Esse é o caminho de formação
Do ser que se promove à visão.
Que se apropria do que vive para ver
Que do desconforto que precisou viver
Entendeu o que precisa saber.

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