Em momentos de crise de aflições
é necessário manter a tranquilidade, a calma.
Hoje o mundo vive uma grave
crise econômica, que vem afetando globalmente os povos.
A privação dos bens materiais é
uma situação que sempre preocupa e mobiliza a opinião pública e os governos em
geral.
Estudos são realizados,
discussões são travadas e a solução é buscada de forma consistente, ainda que
importe em sacrifício para muitos.
Mas o que dizer da crise moral
que nos assola?
Observa-se cada vez mais um
distanciamento entre as pessoas.
As situações aflitivas que são
mostradas nos veículos de comunicação parecem não atingir aqueles que as
assistem.
Conseguimos hoje presenciar ou
assistir atos de injustiça, de maldade e de crueldade como se o injustiçado ou
o maltratado fosse apenas o personagem de um filme e não uma pessoa real.
Parece que nada mais nos afeta
ou surpreende.
Não conseguimos mais nos colocar
na posição da pessoa que sofre.
Como a culpa pela situação
parece não ser nossa, tratamos de viver nossas vidas, buscando esquecer e
criticando os outros pela inação diante das circunstâncias.
Como estamos enganados!
Somos responsáveis por todas as
mazelas que gracejam pelo mundo.
Mas você me dirá: eu estou aqui
e aqueles refugiados que estão sendo maltratados e vilipendiados estão em outro
continente.
E eu te perguntarei quando foi a
última vez que te preocupastes com alguém que, não sendo do teu núcleo familiar
ou de amizade, sofre?
Quando foi a última vez que
doastes teu tempo, teu carinho, uma palavra amiga para alguém?
Quando sacrificastes teu tempo
ou teus bens para ajudar?
Você pode pensar que doar o teu
lixo, aquilo que não mais te serve é mostra de caridade. Não, meu amigo, isso
não é caridade. Não foi isso que Cristo nos pediu. Ele nos conclamou a amar a
Deus sobre todas as coisas e que nos amassemos uns aos outros, assim como Ele
nos amou.
Temos que assumir nossa
responsabilidade pelo momento atual do mundo e fazer a nossa parte.
Abra, pois, teus olhos e comece
a enxergar aquele que caminha a teu lado.
Seja gentil, ajude em todos os
momentos.
Dedique parte de seu tempo para
auxiliar. Há tantos que sofrem mais do que você, que estão privados de bens
materiais, mas acima de tudo de carinho e atenção.
Preocupe-se em espalhar luz e
harmonia onde estiveres.
Transforme o local em que vives
em pouso de paz e equilíbrio.
Seja mais tolerante e perdoe
teus irmãos. Eles, assim como tu, ainda têm muito a aprender.
Limpa teu coração de toda a
mágoa e ame com toda a tua força.
Busca praticar uma boa ação
todos os dias.
Sorria.
E tu me perguntarás: e quanto a
mim, que hoje venho em busca de auxílio e de uma palavra de ânimo?
E eu te direi: quando te
transformares no anjo de alguém, outrem virá como teu anjo e balsamizará tuas
próprias dores.
E quanto juntos estivermos
abraçados e irmanados numa corrente de amor e de luz, não mais viveremos a dor
e a aflição, mas uma sensação indelével de felicidade e harmonia.
Só doando-te a tua própria dor
desaparecerá.